quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estranho encontro.

O sol calmo e misterioso reina sobre as árvores
Árvores que exalam o perfume de seus longos anos
Anos que sombreiam nossa ligação
Uma conexão de pensamentos e sentimentos
Que voam e se interligam ao âmago de nosso acolhimento
Um ninho que protege o nosso segredo
Aquele que nos repele e nos entrelaça
Somos assim um único tormento
Uma fascinação de igualdades e uma união de diferenças
A grama verde e molhada massageia minhas costas
Minhas ideias se cruzam e norteiam minhas faces
Meus sonhos alcançam o êxtase
E me agrupo então no meu próprio colo
A cúpula se forma como uma bolha
Que então toma estruturas de aço e concreto
Inquebrável, porém, penetrável
Assistimos aos palcos e as plateias
Numa isolada ala onde entra quem tem um pedaço dos meus opostos
E a folha que cai permeando meus cabelos desperta as lembranças
Que me trazem euforia e descontentamento, agonia e esquecimento
Caio num sono sem sonhos como a chegada da noite sem estrelas...

Thamyne D'el Rey


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