sábado, 19 de fevereiro de 2011

Medo

Escuridão que envolve meus pensamentos
que dilata minhas pupilas a cegarem meus olhos
Um borrão inebria minha visão
Se espalha e acelera meu pulso
A violência do meu coração estrangula minha garganta
Meu estomago se revira em colapso
Meus ouvidos zunem e ouço apenas o sussuro do medo
A cada segundo minha respiração urgente se torna mais ofegante
Minhas pernas estão como talos de flores em vendaval
e minhas mãos se distraem das minhas ordens
Minhas decisões já não são prudentes
e meus sentidos disparados procuram nervosamente uma solução
A circulação do meu sangue antes entusiasmada agora se estasia 
Evanesce e abandona minha face
O desequilíbrio me invade entorpecendo meu corpo 
que rotaciona em seu eixo pronto para desmoronar
ao encontro do chão que está subindo
enquanto o teto cai do seu lugar
O ambiente está me comprimindo 
me sufocando com o rastro de ar que penetra meus pulmões
Ele me enfraquece, me reprime e me domina
Me emudece não me permitindo gritar
Permaneço...
Sem ação...
Sem reação...
Deixa-me socorrer...arf!
Deixa-me correr...arf!
tu-tu-tu-tu...


Thamyne D'el Rey

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