domingo, 30 de janeiro de 2011

Pêndulo


Vai e vem, sempre no mesmo caminho
As tragedias acontecem como num pêndulo
Num vai e vem interminável
Que interfere, que destrói e magoa
Provoca as conhecidas alterações
Taquicardia
Sufocamento
Ânsia
O vazio roda por cima da sua cabeça
Que pesa afundando no travesseiro que não afaga mais
Como as histórias se repetem
Sem permissão, sem compaixão?!
Nos impõe o sofrimento
E a sensação de sua infinitude
Não nos gratifica de soluções
E não nos permite escolhas.
Permanecemos atados ao que não tem volta
Seguros num sentimento que não da trégua.
Se passar, voltará.
Mas meu pêndulo perdeu a frequência
Ele está para um só lado
Preso num magnetismo criado por minhas ilusões,
Flutuando no espaço, no vazio,
A espera de um próximo toque
Ou daquele que me despendure.


Thamyne D'el Rey